
Já está na SEMANA 12
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BEBÉ
Nesta semana, esboçam-se os traços do rosto e aparece o queixo do seu pequenino. O bebé começa a fazer xixi e a segregar bílis, e o seu intestino começa a trabalhar e a mexer-se, simulando os movimentos digestivos (peristalse). Que emoção!
MAMÃ
A partir desta semana, o mais certo é começar a sentir-se um pouco melhor, diminuindo a sensação de cansaço.
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X SAÚDE X
9 meses, 9 mitos
Está só de 12 semanas, más de certeza que já ouviu muitas crenças relacionadas con a gravidez que a podem ter deixado confusa.
Algumas são autênticos mitos, mas outras afirmações deixam-na com dúvidas. Reunimos algumas delas para serem analisadas!

1 Durante o dia, tenho de sentir dez movimentos do bebé?
> Contar os movimentos fetais é uma técnica que remonta aos anos 70. Hoje em dia, ainda é sugerida às mamãs (a partir da 28ª semana de gestação): baseia-se na ideia de que o feto está bem se conseguimos contar, pelo menos, dez movimentos no decorrer das 24 horas. Mas… será verdade? Efetivamente, não existe un número de referência: o mais importante é que os movimentos do bebé mantenham o seu ritmo habitual, e que a mamã se aperceba deles ao longo do dia. Há bebés que se mexem muito, e outros que, pelo contrário, o fazem poucas vezes. No entanto, se mãe se der conta de uma diferença significativa nos movimentos habituais, dever-se-á dirigir a um serviço de urgências obstétricas, de modo a verificar a frequência do ritmo cardíaco fetal.
2 O ácido fólico deve ser tomado antes do início da gravidez? Numerosos estudos clínicos demostraram que tomar um suplemento de 400 microgramas diários de ácido fólico pode prevenir entre 50 e 70% alguns tipos de malformações. No entranto, é fundamental que se comece a tomar, no mínimo, um mês antes da conceção e que continue durante todo o primeiro trimestre da gravidez. 3 Como evitar contactar com todos os animais domésticos? No que diz respeito aos felinos, nos últimos anos diferentes estudos vieram desdramatizar o seu papel neste sentido, em particular se se tratar de animais domésticos, alimentados com produtos enlatados e cuja caixa de areia é limpa todos os dias. Mas, por precaução, é sempre preferível que a futura mamã evite tratar pessoalmente da limpeza da areia do gato ou da gaiola do canário, ou, se o fizer, usando luvas e lavando imediatamente as mãos. 4 Os métodos para escolher o sexo do bebé antes da conceção são fiáveis? > Tentar conceber antes ou depois da ovulação também carece de fundamento. Não é garantido que os espermatozoides rápidos levem o cromossoma Y, e que, por isso, na esperança de ter um um filho homem, se deva ter relações no momento da ovulação. Neste caso, é necessário confiar no destino. Sendo assim, prepara-te para acolher da melhor maneira e com alegria o bebé que chegar, seja qual for o seu sexo. 5 Durante a gravidez é preciso abster-se de ter relações sexuais? > No primeiro trimestre, a ação das hormonas pode incidir negativamente no desejo sexual: os enjoos e o cansaço são muito frequentes e a mulher pode não ter vontade de manter relações. > No segundo trimestre, a atitude muda quase sempre. A futura mamã já se adaptou psicologicamente à gravidez e sente-se melhor do ponto de vista físico. > No último trimestre, o volume da barriga e o cansaço podem ter influência na sexualidade. Mesmo assim, pode sempre encontrar formas diferentes para a intimidade. 6 O bebé pode ouvir a mamã a cantar e a falar? > Sons e ruídos diferentes podem suscitar reações distintas na criança. A música com um ritmo rápido pode acelerar os batimentos cardíacos. Pelo contrário, ouvir melodias relaxantes, como uma canção de embalar ou uma cantilena infantil trauteada pela mamã, tem o poder de abrandar a frequência do ritmo cardíaco. 7 A futura mamã torce os tornozelos mais facilmente? Escolher o salto adequado é fundamental. O peso do corpo deve ser distribuído de forma equilibrada entre a parte anterior, o metatarso, e o calcanhar. Este equilíbrio é obtido com um salto de dois a quatro centímetros de altura, e bem largo, de modo a que o calcanhar tenha um apoio seguro. E as cunhas? Mesmo que não sejam muito altas, impedem o pé de seguir corretamente o seu movimento natural, ou seja, o movimento que parte do calcanhar e chega às pontas enquanto caminha. Por outro lado, também podem ser um obstáculo ao retorno do sangue venoso, causando inchaço dos pés e dos tornozelos. 8 É desaconselhável praticar desporto? > Ginástica, natação, pilates e bicicleta têm a aprovação do ginecologista, desde que a gravidez esteja a correr sem problemas. Uma mamã em forma terá uma musculatura mais tonificada, útil para segurar melhor a barriga e as costas. Além disso, no acumulará exceso de peso e viverá melhor a recuperação pós-parto. 9 É melhor dormir sobre o lado esquerdo? > Além disso, graças a esta posição, a veia cava não é comprimida (a veia cava sobe ao longo da coluna vertebral pelo lado direito das costas e leva o sangue para cima), e evitam-se possíveis estrangulamentos. Por fim, dormir sobre o lado esquerdo facilita a digestão porque o corpo se adapta melhor à configuração natural do esófago e do estômago.
> Há muitos motivos para tomar ácido fólico antes de engravidar. Na gravidez, o ácido fólico serve de alimento às células do sistema nervoso central do bebé, e já se comprovou que, se for tomado até ao momento da conceção e durante o primeiro trimestre da gravidez, combate o risco de espinha bífida (malformação da coluna vertebral) e ajuda a mamã a perder menos ferro. 
> Esta precaução aplica-se a gatos e canários, potenciais portadores de toxoplasmose, no caso de a sua análise de sangue revelar que não é imune a esta infeção.
> Conhecem-se algunos métodos, baseados num tipo específico de alimentação, como o da dieta rosa ou azul (rica em cálcio para ter uma menina ou mais salgada se se deseja um menino), que estão em fase experimental. Existe apenas um estudo que demonstra que as mulheres vegetarianas costumam ter mais meninas. Na verdade, trata-se apenas de uma pesquisa de probabilidades.

> Não existe qualquer contraindicação para ter relações sexuais, a menos que o ginecologista tenha diagnosticado uma ameaça de aborto que obrigue à abstinência.
> O bebé ouve os ruídos, sobretudo a partir de sexto mês, quando se completa e aperfeiçoa a estrutura do ouvido interno. As vibrações sonoras chegam ao pequeno através do líquido amniótico. Os sons que lhe chegam primeiro são os da voz materna, pois esta produz-se no interior e tem um tom mais agudo. A voz paterna, mais grave, chega depois, quando o ouvido se aperfeiçoa.

> Com o efeito da progesterona, na gravidez, os ligamentos ficam mais lassos e moles. Trata-se de um mecanismo fisiológico que serve para tornar as estruturas equeléticas e musculares mais “maleáveis” em função das transformações que gravidez acarreta. Se os tornozelos incharem, a sensibilidade diminui e a mamã pode apoiar mal o pé, torcendo-o.
> A atividade física é benéfica para a gravidez. Só são desaconselhados os desportos que implicam saltos ou variações bruscas da postura. Por isso, não à equitação, ao atletismo e a saltar à corda. Também não se devem praticar atividades desportivas de esforço que sejam perigosas. Em relação ao resto dos desportos, está tudo bem.

> O bebé tem, muitas vezes, as costas sobre o lado esquerdo da barriga da mamã. E tal é positivo porque, se estiver assim no momento do nascimento, as rotações no canal de parto serão menos “acrobáticas” e a expulsão mais fácil. Como tal, se a mamã se deitar sobre o seu lado esquerdo, favorecerá a permanência do bebé nesse lado. Deste modo também melhora a irrigação sanguínea da placenta, uma vez que o coração se situa do lado esquerdo.
X EXAMES X
A primeira ecografia: o que revela
É o momento más esperado do primeiro trimestre. Finalmente vai conhecer o bebé que tem dentro de si! Explicamos tudo o que descobrirá sobre ele na primeira ecografia.

A primeira ecografia realiza-se entre a 11ª semana e a 14ª semana da gravidez. Esta é realizada através de uma sonda de ultrasons que se passa sobre a barriga ou que se introduz diretamente na vagina, e não acarreta riscos especiais para o bebé. > Também se pode comprovar se o feto está implantado corretamente no útero, se se fechou o abdómen e a cabeça, e qual é o estado da placenta. A ecografia também mostra se a gravidez é singular ou se são gémeos. > Avalia-se, igualmente, a frequência cardíaca: já se podem ver as válvulas do coração, ainda que não se possam detetar eventuais anomalias. > Por fim, a ecografía permite visualizar movimentos do feto: os pais podem ver, pela primeira vez, como se move o pequeno, mergulhado no líquido amniótico, e como estica as pernas e os braços ou vira a cabeça. Trata-se de algo emocionante e irrepetível. OUTRO EXAME: A TRANSLUCÊNCIA NUCAL X EXAMES X O que é o teste triplo? Mais um exame importante feito no primeiro trimestre da gravidez, e que ajuda a avaliar o risco de malformações cromossómicas no bebé. Eis tudo o que deve saber sobre este teste! > O teste triplo, ou triple screening, é um exame de rastreio realizado durante a gravidez para detetar possíveis alterações genéticas do feto. É um exame não invasivo, feito a partir de uma amostra de sangue da futura mamã, de forma que não implica qualquer risco, nem para a mãe, nem para o bebé. O teste avalia o índice de risco que existe do feto ter alterações cromossómicas, como Trissomia 21 (síndrome de Down), ou Trissomia 18 (síndrome de Edwards). Atenção: não se trata de um diagnóstico, pelo que não é um exame conclusivo. EM QUE CONSISTE? > Dependentemente dos resultados obtidos, o médico pode pedir exames mais rigorosos, como a amniocentese ou a biópsia corial. Há que destacar que o triple screening deteta, em mulheres com menos de 35 anos, entre 75 a 85% das alterações do tubo neural e 60% dos casos de síndrome de Down. Nas mulheres com mais de 35 anos, deteta 75% das anomalias do tubo neural e dos casos de síndrome de Down. QUANDO É REALIZADO? COMO SE INTERPRETA? > Dados demográficos: idade da mãe, peso, número de fetos, se é fumadora ou padece de diabetes gestacional, etc. > Dados bioquímicos: valores dos marcadores bioquímicos analisados no sangue. > Dados ecográficos: a data em que a ecografia se realizou, a idade gestacional, a medição da translucência nucal e do comprimento do feto. Os valores que aparecem no triple screening vêm expressos em MoM. São considerados valores normais os situados entre os 0,5 e os 2,5 MoM. > TN (translucência nucal): maior que 2. > PAPP-P (proteína plasmática A associada à gravidez): menor que 0,4. > Beta hCG livre ou hCG (hormona gonadotropina humana): menor que 0,4 ou maior que 2,5. > AFP (alfafetoproteína): menor que 0,4 ou maior que 2,5. > uE3: menor que 0,5. > Inibina A: maior que 2,5. É aconselhável fazer um exame invasivo, como uma amniocentese ou uma biópsia corial, quando o risco de Trissomia 21 ou Trissomia 18 é superior ao nível de corte estabelecido, (ou seja, apresenta um valor inferior).
A sonda limita-se a devolver ecos, que se transformam en pequenos pontos brancos ou cinzentos num écran, dando a imagen do bebé em direto. O que vemos não é um pequeno feijão de contornos indeterminados, mas sim uma criança já formada, ainda que muito pequena: a cabeça grande e desproporcionada em relação ao resto do corpo, o torso que só mede cerca de seis centímetros da cabeça ao rabinho, e os braços e pernas também muito curtos. Pode ainda ver-se o coração, um pontinho cinzento a bater com energia.
FONTE DE DADOS … E DE SURPRESAS
> A primeira ecografia, mesmo que só dure cerca de 20 minutos, proporciona muitas informações úteis. Permite, por exemplo, estabelecer o momento da conceção e a data provável do parto já que, com a ecografia, podem ser tiradas duas medidas importantes: a distância da cabeça ao rabinho e o diâmetro da cabeça (de têmpora a têmpora), que permitem averiguar a idade do bebé.

> Em muitos centros, durante a primeira ecografia, também se faz a translucência nucal, que mede um dos sinais mais relevantes para avaliar o possível risco de anomalias cromossómicas. Não se trata de um teste de diagnóstico, já que apenas calcula o risco. Caso este seja elevado, para aprofundar a investigação, a futura mãe deverá submeter-se uma amniocentese ou a um exame das vilosidades do cório (dois exames invasivos, indicados especialmente se a mãe tem mais de 35-37 anos).

> A avaliação do triple screening obtém-se areavés da combinação de três marcadores bioquímicos presentes no sangue da futura mamã: o PAPP-A (alfa-fetoproteína, produzida pelo feto), o beta-HCG livre (gonadotropina coriónica humana ou hormona da gravidez, produzida pela placenta), e o estriol livre (estrogénio produzido pelo feto e pela placenta). Estes valores são cruzados com os dados obtidos na medição da translucência nucal, especificada pela ecografia das 12 semanas, e são ponderados em função da idade da mãe, da sua origem, peso, se padece de diabetes, etc. Finalmente, obtém-se um algoritmo de controlo, que avalia a probabilidade de anomalias no feto.
> Faz-se, concretamente, entre a 10ª semana e a 13ª semana da gravidez. Este teste tem uma sensibilidade diagnóstica de entre 86% a 90% de acertos. Por vezes, o triple screening é feito no princípio do segundo trimestre da gravidez, entre as semanas 15 e 18. Na verdade, este exame pode ser levado a cabo até à 20ª semana, mas a sensibilidade diagnóstica é menor.
Muitas grávidas recebem os resultados deste teste e não percebem os dados apresentados. Cada laboratório fornece os resultados de forma diferente, mas há três parâmetros que aparecem sempre:
O valor normal dos diferentes marcadores é de 1 MoM, pelo que quanto mais distante for de 1 MoM, pior será o resultado. Um marcador é suspeito quando os valores são:
XPARTOX
Como se calcula a data do parto?
De certeza que já se interroga sobre quando vai nascer o bebé. Existem vários métodos para o calcular, mas deve ter em conta que será sempre uma data aproximada.

> Para calcular a data do parto, primeiro tem de saber quanto tempo dura a gravidez. “Nove meses” parece-lhe a resposta mais óbvia. Na verdade, não é bem assim: a gravidez dura dez meses lunares, compostos por quatro semanas cada um. Ou seja, 40 semanas a partir do primeiro dia da última menstruação, o que significa 266 dias a partir da conceção. No entanto, este momento não é muito fácil de identificar: quando o casal decide ter um bebé, raramente tem consciência de todas as relações sexuais que praticou nesse mês. E mesmo que o saiba, não consegue estabelecer com toda a certeza qual foi a vez exata em que se deu a fecundação. Por este motivo, os cálculos para a data do parto são aproximados e o dia apontado é apenas uma data de referência.
A FÓRMULA DE NAEGELE > Pode fazer cálculos um pouco mais precisos se só teve relações sexuais uma vez por mês, ou se verificou a temperatura basal para identificar o pico da mesma (quer dizer, o momento da ovulação): a data possível é obtida acrescentando 266 dias àquele momento. Também neste caso, o seu filho pode nascer uns dias antes ou depois da data prevista. E também costuma acontecer que algumas mulheres, por motivos que se prendem com a sua constituição, têm uma gestação que dura mais ou menos do que a média. O CÁLCULO DO GINECOLOGISTA > Este instrumento também pode falhar os seus cálculos em várias situações: por exemplo, quando não se conhece a data da sua última menstruação, ou se o ciclo menstrual é irregular, e até mesmo se parou de tomar a pílula e engravidou de seguida. Nestes casos, não se pode precisar o momento da ovulação. A DATAÇÃO ECOGRÁFICA > Por outro lado, as ecografias seguintes já não são tão fiáveis para determinar a data da gravidez, porque as medidas podem variar de um bebé para outro, uma vez que dependem da constituição de cada um. No entanto, se por qualquer motivo não se fez a primeira ecografia, faz-se outra na 20ª semana: neste caso, a idade do bebé é calculada com base na medida entre uma têmpora e a outra (o diâmetro biparietal). > A datação ecográfica é fundamental para as mulheres que não puderam calcular de outro modo a data provável do parto, por não se lembrarem do primeiro dia da última menstruação, e para aquelas que têm ciclos irregulares. Mas também é útil para as restantes, pois vem confirmar os cálculos já feitos. Se entre a data definida na ecografia da 12ª semana e a que foi dada pelo obstetra houver diferença de uma semana (a mais ou a menos), volta-se a confirmar a data com a ecografia feita na 20ª semana.
> Se quer saber a data provável do seu parto, pode calculá-la com a regra de Naegele: some sete dias ao primeiro dia da última menstruação e, depois, recue três meses. Um exemplo:
Se a última menstruação foi a 11 de abril de 2018, deve fazer o seguinte cálculo: 11+7=18 de abril – 3 meses=18 de janeiro. O seu filho nascerá a 18 de janeiro de 2019. Seja como for, o cálculo só funciona se fizer parte dos 6% de futuras mamãs a quem se pode aplicar a regra de Naegele. É que esta fórmula baseia-se nos ciclos regulares de 28 dias, considerando que a ovulação acontece ao dia 14, dados que não são válidos para todas as mulheres. Por exemplo, não servem para as que têm ciclos maiores ou menores, ou mesmo irregulares. Por isso, quando tiver identificado o dia possível do parto, deve ter em conta que a data é aproximada e que o seu bebé pode nascer duas semanas antes ou depois. Em qualquer dos casos, a gravidez é considerada dentro do prazo.

> O ginecologista calcula a data provável do parto na primeira consulta. Para o fazer, utiliza um gestograma, um instrumento formado por duas rodas em cartão, sobrepostas e que giram: um círculo está colocado sobre a data do primeiro dia da última menstruação e o outro conta o número de semanas a partir dessa data. A unidade de medida da gravidez é a semana, por ser o espaço de tempo mais adequado para avaliar o ritmo de crescimento do bebé.
> A data provável do parto é comprovada na primeira ecografia, um procedimento de rotina feito na 12ª semana da gravidez. Com este exame, é possível identificar o número de semanas que passaram desde a conceção, baseando-se na medida de comprimento da cabeça ao osso sacro do feto, e relacionando-a com os valores de referência.
XNUTRIÇÃOX
Alinhada com a barriga
Engordar muito na gravidez pode desencadear o risco de certas doenças, como a pré-eclampsia ou a diabetes gestacional. Agora que está no início da gestação, oferecemos-lhe 8 conselhos de alimentação para que viva uma gravidez saudável.

1 UM BOM PEQUENO-ALMOÇO
Por estranho que pareça, o primeiro conselho para controlar o peso mais facilmente não é uma proibição, mas sim um convite a comer mais. Quando? Ao pequeno-almoço! A primeira refeição do dia, ainda que não seja a mais abundante, é, sem dúvida, a mais importante para pôr em andamento a jornada alimentar de forma equilibrada.
> Mas qual é o pequeno-almoço ideal para a futura mamã? Se for possível, um bom copo de leite ou um iogurte, uma dose normal de cereais (40gr) ou de outra fonte de carboidratos (pão, tostas, biscoitos, etc.), uma peça de fruta da época, dois ou três frutos secos (nozes, amêndoas ou avelãs) e um sumo ou um grande copo de água.
2 COMA SEIS VEZES POR DIA 3 ESCOLHA ALIMENTOS DE BAIXA DENSIDADE CALÓRICA 4 FIBRA PARA REDUZIR A GLICÉMIA 5 BEBA MUITA ÁGUA 6 MASTIGUE LENTAMENTE 7 ATENÇÃO AOS MODOS DE COZINHAR! 8 POUCO, MAS DE TUDO
> Está provado que a mesma quantidade de calorias ingeridas engorda menos quem consegue distribuir o seu consumo de forma regular ao longo do dia, do que quem o concentra em grandes refeições ao almoço e ao jantar. Por isso, para a futura mamã, o dia não se deve dividir em cinco, mas em seis refeições ligeiras (pequeno-almoço, comer algo a meio da manhã, almoço, lanche, jantar e uma leve ceia final), de modo a controlar melhor o aumento de peso.
> No que respeita à escolha dos alimentos, se pretende travar o aumento de peso, é importante apostar nos de baixa densidade calórica, ou seja, os que, pela sua composição, fornecem poucas calorias, mesmo que se comam em grandes quantidades. Dois exemplos claros: o chocolate é um alimento de alta densidade calórica, porque basta um pedaço de apenas 10gr para consumir a bela quantidade de 50 calorias! Pelo contrário, o funcho tem uma densidade calórica muita baixa: para atingir as 50 calorias do quadradinho de chocolate, teria de comer mais de meio quilo deste produto. Como ideia geral, vale a pena ter presente que os alimentos de menor densidade calórica são as verduras e as frutas (por seu lado, ricas em fatores vitamínicos e protetores).
> Para não aumentar demasiado de peso, é muito importante evitar que o teor de glicose no sangue, a chamada glicémia, não suba rapidamente após as refeições. Para o conseguir, um dos métodos mais eficazes é certificar-se de que no prato há sempre uma boa quantidade de fibra, capaz de retardar a absorção dos hidratos de carbono. Comer cereais, pão e massas integrais é, sem dúvida, um hábito excelente, mas também é bom que se habitue a começar as refeições com um belo prato de verduras cruas. Além de baixar a glicemia, trazem uma grande sensação de saciedade.
> Durante a gravidez, é mais importante do que nunca manter um equilíbrio hídrico adequado, tendo em conta que a necessidade de líquidos aumenta bastante. No entanto, os líquidos podem constituir uma fonte de calorias significativa no equilíbrio da dieta diária. Por exemplo, os sumos de fruta, mesmo os que não contêm adição de açúcar, fornecem uma quantidade de calorias que há que ter em conta (um copo de sumo de ananás contém cerca de 60kcal). E se também pensarmos nas bebidas açucaradas, o número aumenta: uma lata de refresco tem uma média de 130-140kcal. A melhor bebida?… A água! É a mais natural e não tem calorias.
> Enquanto come, ativa uma série de mecanismos que precisam de algum tempo para nos saciar. Se formos demasiado vorazes e comermos muito depressa, o estômago enche mais do que devia, sem termos dado tempo suficiente ao organismo para se dar conta desta sensação. Pelo contrário, comer lentamente e mastigar cuidadosamente não só nos sacia antes, como também facilita a digestão.
> O valor calórico de um mesmo alimento varia muito em função do modo como é cozinhado. Assim, se 150gr de carne grelhada têm cerca de 140 calorias, a mesma carne, panada e frita, fornece até 300 calorias. Em geral, deve reduzir todas as formas de cozinhar que impliquem a adição de ingredientes e molhos de base gorda. Para a mamã, são perfeitos os assados, os grelhados, os cozidos, a cozedura ao vapor e os salteados, mas com pouco azeite e numa sertã antiaderente.
> Um erro a evitar é eliminar categorias completas de alimentos porque se pensa que engordam. Se bem que seja preferível optar pelos alimentos de baixa densidade calórica, a principal fonte de energia da dieta continuam a ser os hidratos de carbono: massa, pão e cereais são alimentos fundamentais. Também não se deve eliminar as gorduras por completo. É verdade que fornecem muitas calorias, mas, na gravidez, são indispensáveis para a formação dos tecidos do feto, em particular os nervosos e os cerebrais. Neste sentido, é bom escolher as gorduras adequadas: uma boa colher de azeite virgem por dia não pode faltar. Também a gordura do peixe é benéfica: 300gr por semana é a quantidade ideal para a futura mamã.
XBEM-ESTARX
Cuide da sua higiene íntima
Sabia que, durante a gravidez, corre um risco maior de contrair infeções genitais? Para as prevenir, é importante cuidar da sua higiene e tomar certas precauções.

Durante a gravidez, a nova situação hormonal também tem influência na parte mais externa do aparelho genital feminino: dá-se um relaxamento de toda a musculatura da vagina e da vulva, o que contribui para preparar o canal de parto para que o bebé possa passar.
> Neste período, os tecidos retêm mais líquidos, pelo que a pele fica mais inchada e mole. Tal também implica uma maior secreção da mucosa vaginal; as paredes da vagina, por serem ricas em líquidos, ocasionam perdas mais abundantes que o normal. Este corrimento é a principal defesa dos genitais pois, através dele, são eliminados os gérmes que poderiam causar infeções.
> Por isso, a futura mamã precisa de manter uma higiene íntima mais atenta, que evitará que as secreções, ao permanecerem sobre os genitais externos, os convertam em terreno fértil para o desenvolvimento de micro-organismos.
MENOS ACIDEZ, MAIS PREOCUPAÇÃO É NECESSÁRIO UM SABONETE ESPECÍFICO > No entanto, apesar de utilizar um produto específico para a higiene íntima, podem ocorrer pequenas irritações das camadas superficiais da mucosa, devidas, por exemplo, ao roçar da pele com a roupa interior. Se isso acontecer, a irritação poderá solucionar-se com o uso de um gel protetor especial, aplicado depois de se lavar. E se não estamos em casa? Podemos usar toalhetes para a higiene íntima, que costumam vir em embalagens individuais hermeticamente fechadas. COMO SE DEVE LAVAR > A área genital deve ser lavada com água corrente. É preferível não encher o bidé, para não utilizar água parada. > A higiene dos genitais deve começar pela vulva, para depois seguir para a zona anal, e não o inverso. Deste modo, evitamos que os micro-organismos presentes no reto entrem em contacto com a vagina. > A zona deve ser seca sem esfregar, efetuando leves pressões.
> No interior da zona genital, existem diversos micro-organismos cujo conjunto constitui a chamada flora bacteriana. Os lactobacillus de Doderlein são os responsáveis por garantir a sua coexistência pacífica. Estes produzem ácido lácteo a partir das substâncias que a mucosa vaginal coloca à sua disposição, proporcionando o grau de acidez (pH baixo) de que o ambiente vaginal precisa. Ao longo da gravidez, devido às hormonas, o pH torna-se menos ácido. Por conseguinte, os genitais ficam ainda menos protegidos.
> É preciso escolher um sabonete específico para a higiene íntima, que lave, mas que não altere a flora vaginal. Um bom produto para este período não deve conter substâncias aromáticas, que podem irritar as camadas mais superficiais da mucosa genital. O pH da pele tem um valor aproximado de 7, e o da vulva e da vagina é de 3,5 a 4,5. Por isso, o sabonete íntimo deve ter um pH muito aproximado ao vaginal, ou seja, de 3,5 a 5.
> Devemos usar sabonetes para a higiene íntima uma vez por dia, e lavar só com água morna o resto das vezes.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem
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